
Alexandre Gomes, SEA Tecnologia: “Comecei a programar em 1991, nos idos do Logo, DBaseIII, Foxpro e Clipper. Em 96, entrei na faculdade e me apresentaram o Pascal e o C. No mesmo ano, no auge da programação visual, resolvi aprender o badalado Delphi (Dominando o Delphi 2 - Bíblia, Maco Cantu) e empaquei num capítulo que tratava da tal Programação Orientada a Objetos. Sem conseguir avançar muito, matriculei-me numa disciplina de mesmo nome que fora então oferecida na universidade e fui apresentado à linguagem Java (Core Java 1st Ed). No ano seguinte, conheci o Bruno Souza em sua tradicionalíssima palestra de apresentação da tecnologia, naquela que foi, se não me engano, uma das primeiras reuniões do DFJUG. Nos 10 anos seguintes, consolidei minha carreira sobre a plataforma da Sun. Envolvi-me em vários projetos, participei de concursos, dei aulas, viajei, fui a muitos eventos, conheci profissionais brilhantes, trabalhei em ótimas empresas e até criei uma pra mim! Devo muito à tecnologia do WORA, mas devo muito mais aos amigos que construí nesta vibrante comunidade. A propósito, o livro de Delphi continua marcado no capítulo de POO até hoje e nunca mais foi aberto. Está aqui para doações (:-P ”
Com a criação do JCP, aumentou ainda mais o interesse na tecnologia Java, pois ela tinha se tornado uma tecnologia construída pela comunidade de empresas interessadas em Java e não mais algo dominado apenas pela Sun.
Assim IBM, Oracle, JBoss e outras 800 empresas entraram com força no JCP e começaram a nascer diversas Java Specification Requests (JSR). JSRs são os documentos que descrevem formalmente as especificações da tecnologia Java. Hoje existem cerca de 350 JSRs que definem desde APIs bem conhecidas, como JDBC e JSPs, até APIs mais desconhecidas, como a OSS Discovery API e a Pricing API.
Uma curiosidade é que saiu do Brasil a primeira inscrição individual do JCP. A participação de um brasileiro era importante para levar as discussões nacionais para dentro do processo. Assim IBM, Oracle, JBoss e outras 800 empresas entraram com força no JCP e começaram a nascer diversas Java Specification Requests (JSR). JSRs são os documentos que descrevem formalmente as especificações da tecnologia Java. Hoje existem cerca de 350 JSRs que definem desde APIs bem conhecidas, como JDBC e JSPs, até APIs mais desconhecidas, como a OSS Discovery API e a Pricing API.
Sendo assim, Bruno Souza se cadastrou quando ainda era necessário pagar uma taxa de 100 dólares. De acordo com Onno Kluyt, responsável pelo JCP na época, Bruno foi o primeiro e único a ter pago uma taxa para participar do JCP (cerca de um ano depois a cobrança foi abolida).
Felizmente não foi o único brasileiro a participar, e outros tiveram atuações importantes, como Osvaldo Doederlein (colaborador da Java Magazine desde a primeira edição), que participou das discussões do Java SE, Michael “MisterM Santos”, que contribuiu na especificação de Data e Tempo, e Yara Senger, cujo projeto exemplo de JSF foi incorporado à implementação de referência.
Yara Senger, Globalcode: “Quando eu estava no meio do curso de Ciências da Computação, me apaixonando por Java, estudando Applets (final de 1999, início de 2000), um amigo veterano começava a orientação científica com uma tecnologia sensacional: Servlets!
Em 2001, durante o estágio na Accenture, em um projeto Java EE que esbanjava internacionalização, fomos fazer um curso na Sun, um marco fundamental na minha vida, pois conheci Design Patterns, EJBs, o JavaMan (Bruno Souza) e o SouJava... e tive aula com o homem com quem eu iria me casar: Vinicius Senger!
Em 2003, participando do segundo JavaOne, já na Globalcode, quase casada com o Vinicius, conhecemos o projeto Rave, que transformou-se em JavaServer Faces e foi recentemente incorporado à especificação Java EE 6.
A história nos levou à colaboração e à criação do projeto JSF 2 Scrum Toys, que está sendo distribuído com o GlassFish e NetBeans.”
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